"Esplanadomania" ou abuso de utilização da via pública?

As esplanadas de Espinho parecem definitivamente ter “vindo para ficar”, pois agora temos de ter cuidado para não esbarrarmos com as esplanadas quando circulamos nos passeios cá da terra.

Sou um fervoroso adepto do ar livre, contudo penso que há lugares próprios (ou deveria haver), para a instalação das ditas esplanadas, pois a ocupação dos passeios nesta cidade, parece-me a mim, que está a tomar proporções bastante abusivas e não obstante as taxas que os empresários hoteleiros pagam à CME, parece-me que se encontrou um nicho chorudo de negócio, se não vejamos:

1) Quem não está disposto a pagar uma taxa para poder estender o seu negócio para cima da rua?
2) Quem não está disposto a pagar uma taxa para poder ter uma montra das suas ofertas ao cliente mesmo por onde ele deveria estar a passar?
3) Quem não está disposto a pagar uma taxa para poder duplicar a sua superfície comercial sem mais qualquer tipo de custo ou honorários?

Viva a terrinha da feira e da desorganização. Alguém disse que era assim nas cidades ibéricas mais desenvolvidas e os “calhaus” da Câmara toca a despachar a conceder licenças de ocupação, tanto faz ser um “Tasco” na Rua 38, como um café decente numa rua com 3m de passeio. Esquecem-se é que nas ditas cidades ibéricas, existem planeamentos e as pessoas pensam sobre o que querem para o local onde habitam e coabitam...