Espinho às Direitas

"O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada" Jean-Jacques Rousseau

9/01/2006

Luto pelo nosso INDY

Hoje, 1 de Setembro de 2006, este blogue está de luto.
Felizmente não é pela falta de nenhum ente querido, mas pela morte há muito anunciada do nosso sempre saudoso Independente.

Com este semanário:
- Aprendi a ler;
- Ganhei espírito crítico (há quem diga que apreendi a ser do contra);
- Ganhei gosto pela leitura;
Mas perdi muitas horas de sono, porque, com pouca luz, para não acordar os meus pais, todas as sextas-feiras lia de fio a pavio o nosso Indy.

Era um jornal onde a cor do triângulo da capa fazia com que os nossos governantes tremessem, se fosse vermelha, ou descansassem, se fosse azul.

Era um jornal que nunca se podia fechar sem ler quer a crónica do Paulo Portas, onde se retratava a realidade do nosso País, ou, na revista, os textos magníficos do MEC (Miguel Esteves Cardoso).

Estes dois Senhores do nosso País sonharam com um jornal. A obra nasceu, cresceu, mas infelizmente morreu cedo (não esquecer que morreu quando ambos já lá não estavam).

Quero agradecer a todos que colaboraram com o Independente, a todos sem excepção, os ensinamentos que me deram.

Obrigado.



Nota: Caro Paulo, Caro MEC, porque não agora sonharem com um Jornal Diário?

1 Comments:

  • At 5:01 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Também eu tenho muita pena que O independente tenha chegado ao fim... além de ser um jornal que indiscutivelmente deixou a sua marca, quer pelo seu estilo próprio, quer pelo seu conteúdo, teve ainda o mérito de ser o primeiro Jornal em Portugal com uma Edição mensal em Braille, que era distribuída sem custos por todo o país aos cegos que o desejassem; claro que era uma selecção de apenas uns quantos artigos que tinham sido publicados no independente ao longo desse mês, mas onde, lá está, não faltavam nunca, nem pelo menos um artigo do Miguel estevves Cardoso, nem uma crónica do Paulo portas, que aliás, eram logo os primeiros...
    Foi naturalmente o primeiro jornal com que tive um contacto mais directo, e foi através dessa Edição mensal que aprendi a ler conteúdos um bocadinho mais sérios!!!

     

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