Espinho às Direitas

"O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada" Jean-Jacques Rousseau

10/23/2006

Para refletir!

Não sei se é verdade que existem verdadeiros Portugueses como este. Mas vale a pena reflectir sobre o texto, que recebi no meu e-mail!

"Exmos Senhores Administradores do BES

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.

Que tal?

Pois, ontem saí do meu BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.

Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro serviço. Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.
Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.
Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.
Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de conta".
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.
Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos.

Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro".

Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobraram-me uma taxa de 1€.

Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5€ "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".

A surpresa não acabou: descobri outra taxa de 25€ a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente".

Mas, os senhores são insaciáveis.

A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/. Banco.

Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?

Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc, etc, etc. e que apesar de lamentarem muito e nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal.

Sei disso.

Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

Sei que são legais.

Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma. "

10/22/2006

Le Monde De La Musique

John Williams toca "Asturias" de Isaac Albeniz.
Le Monde De La Musique

John Williams e Julian Bream a tocar "Castilla" de Isaac Albéniz.
Le Monde De La Musique

Anne-Sophie Mutter e seu "gang" a tocar as "Quatro Estações" de Vivaldi.
Borat's Moment!

Enjoy!
Larry's Moment!

Enjoy!
Williams Moment!

Enjoy!
Python's Moment!

Enjoy!

10/17/2006

Ninguém Poderia Dizer Melhor...


"Entre um governo que faz o mal e o povo que o consente, há certa cumplicidade vergonhosa."

Victor Hugo.

Sr. Ministro... Vergonha!


Eu não sei porque perco tempo em ouvir, confiar e ter esperança no senhores que gerem a causa publica. Cada ano que passa, cada vez mais perco o respeito por esses senhores que têm o poder político, obviamente legitimado pelo voto do povo. Os senhores são mentirosos e para completar o fantástico ramalhete fazem as previsões orçamentais a partir dos pressupostos mais favoráveis, para poderem agradar virtualmente uma vez mais à inerte sociedade civil.

Ontem o Sr. Ministro das Finanças, apresentou a previsão orçamental do Estado Português - sim. esse de Portugal - para 2007.

Para executar o dimensionamento de uma estimativa orçamental para um Estado, temos que contabilizar uma perspectiva de cenário macro-económico a fim de se ver, se há ou não crescimento económico através de exportações. Sendo assim, diversas variáveis são fundamentais para analisar o que poderá acontecer. Variáveis como o preço do petróleo e as taxas de juro. Os Nossos Amigos da Gestão da Causa Publica, agarraram e estimaram o Orçamento Geral do Estado para 2007, partindo do pressuposto que o preço de petróleo se irá fixar por volta dos 67,6$ por barril, quando o Fundo Monetário Internacional prevê um valor de 75,5$ e que, as taxas de juro irão subir até aos 3,7% em 2007, quando o mercado prevê uma subida até aos 4% já no inicio do ano de 2007.

Sei que para se dimensionar qualquer coisa devemos entrar com as condições mais desfavoráveis e ainda se for necessário com o acréscimo de um coeficiente de majoração para estarmos pelo lado da segurança. Isto é básico. O Estado está muito debilitado em termos financeiros, o governo tem maioria política e mesmo assim executa perspectivas orçamentais que têm como base cenários macro-económicos favoráveis, quando instituições acima de suspeita perspectivam valores mais elevados.

Depois vem a questão dos cortes no aumento da despesa pública. Está provado e todos sentimos que a receita aumentou em 2006, ou seja o estado tem mais dinheiro para gastar. Segundo o Sr. Ministro das Finanças no próximo ano o estado só irá gastar 45,4% da riqueza produzida pelo país contra os 46,3% do ano 2006. E como conseguiu isto o Sr. Ministro: cortou na despesas primárias do Estado? Não. Como tem mais dinheiro para gastar que advém do aumento da receita fiscal, diminuição do investimento público e congelamento nas progressões de carreira do pessoal. Aí tem os ganhos no aumento da despesa pública. E é assim que se passa de 21,200 milhões de euros de despesa com o pessoal para 21,010 milhões de euros. Em conclusão: neste aspecto o Governo apresentou planos de modificação da estrutura do funcionalismo público e onde estão os seus efeitos em termos orçamentais. Os Senhores não reformularam a estrutura de pessoal. Os Senhores congelaram as carreiras do pessoal.

Em conclusão, continuamos a gastar mais do que aquilo que temos. As reais medidas políticas para levar o País de volta aos carris estão por executar. Tais como redução drástica com despesas correntes e primárias, tais como pessoal, benefícios sociais.

Quanto mais tempo Portugal ficar sem uma decisão quanto às questões da despesa pública, mais dinheiro custará em termos sociais e financeiros ao País.

O Sr. Ministro, não vai parar o aumento da despesa pública Portuguesa. Simplesmente adiada.
De lembrar que este orçamento é feito para o ano de 2007, as próximas eleições legislativas são em 2009. Logo, quero-me rir quando os Senhores da Gestão da Causa Pública tiverem que estimar orçamentos para ganharem eleições... E ainda a procissão vai no adro, pois vão discutir o orçamento na generalidade e na especialidade e aí é que vão ser elas...!


Sr. Governantes, Vergonha para Vocês e Mau para o País!

10/15/2006

Borat Moment!

Enjoy!
Williams Moment!

Go for it boy!
Williams Moment!

Is that right mr. Willians!
Williams Moment!

Ah... foi assim que inventaram o Golfe em St. Andrews!

Dizem que o golfe é o desporto mais democrático do mundo, isto no que diz respeito à forma de organização de jogo... os mais fracos são protegidos.

Enjoy!
Python's Moment!

Enjoy!

América v1.4


Dr. Michio Kaku, um verdadeiro poço de sapiência. Ler, ver e ouvir o Dr. Michio Kaku é uma experiência absolutamente única. Tem uma capacidade de comunicação excepcional e uma imaginação só ao alcance de um brilhante físico teórico.

O Dr. Kaku é um Americano de descendência japonesa. É formado na Universidade de Harvard e doutorou-se pela Universidade de Berkeley. Além da investigação que faz sobre a “Teoria de tudo” é um divulgador cientifico de primeira àgua.

Podemos encontrar com facilidade o Dr. Kaku quer através dos seus escrito, dos quais destaco os seguintes: “Em Mundos Paralelos”, 2006; Editora Bizâncio; “Visões”, 1998; Editora Bizâncio; “Cosmos de Einstein”, 2005; Editora Gradiva.

É “fundamental” também dar um vista de olhos pelo seu - e dos seus colaboradores - sitio na internet.

Vejam a sua entrevista ao programa “HARDtalk” da B. B. C.. Só necessitam de descarregar o RealPlayer.

Bem hajam.
Le Monde De La Musique
Le Monde De La Musique

The Who at the Live Aid 1985, We Won't Get Fooled Again...
Le Monde De La Musique

Homenagem a Glenn Gould e como não podia deixar de ser a Johann Sebastian Bach.

Enjoy!
Can I Keep Him?

A minha cidade...
América v1.3

Renée Fleming over at the Met.

Enjoy!

América v1.2.2

Localização da The New Yorker

América v1.2.1


Pois bem, eu não sou a melhor pessoa para escrever sobre um símbolo do jornalismo e intelectualidade da cidade de Nova Iorque, dos Estados Unido e - para algumas mentes mais empenhadas na globalização e seus efeito - planetária.

A primeira razão pela qual não sou a pessoa indicada para falar sobre esse símbolo, reside no facto de embora sendo um consumidor de tal artefacto, não sou de maneira alguma um indivíduo que se considere um ser intelectual à altura de tal sofisticação de exercício intelectual.

Em segundo lugar, tenho uma opinião sobre ela que, está infestada de bons sentimentos e por tudo o que ela representa em termos de estilo de vida. Se “Una Ferrari” é bem mais do que um carro, é um estilo de vida - como dizia um presidente da Ferrari - a The New Yorker é isso e muito mais. É um verdadeiro jantar gourmet no que diz respeito há intelectualidade do século vinte e vinte e um.

A The New Yorker, é uma “instituição” de cariz jornalístico fundada em Fevereiro de 1925. Os seus fundadores foram: Harold Ross e sua mulher que, se chamava Jane Grant.
Harold Ross foi director da pérola do jornalismo nova-iorquino - e na minha opinião global - até aos seus últimos dias, ou seja até 1951.

Ela é um símbolo de referência no que diz respeito à produção de literatura de ficção e jornalismo, não só pelo rigor jornalístico mas também pela qualidade da ficção que é dada aos seus leitores em cada número.

A lista de autores que publicaram contos na The New Yorker é vasta e de fazer os céus tremerem quando é vista. Podemos entrar contos de Vladimir Nobokov, Philio Ropth - autor do magnifico “A Conspiração Contra a América”, J. D. Salinger, etc...

Entre os diversos contos podemos encontrar por exemplo o conto que deu origem ao filme, “Artificial Intelligence: AI” do Steven Spielberg - com uma alma superior dentro do projecto.
Na minha opinião a The New Yorker, não é só uma revista para um nativo sofisticado, intelectualmente evoluído e apreciador de alguns aspectos mais complexos da vida, da “Big Apple”, mas sim para todos que queiram aprender e pensar sobre os mais diversos temas de uma sociedade moderna, sofisticada, cada vez mais complexa e exigente.

A The New Yorker é um exemplo máximo do que pode ser uma identidade criada nos Estados Unidos, para os Americanos, consumida e influenciadora de outros pelos quatro cantos do mundo.

Mais: Um exemplo de uma “Boa América”.

10/13/2006

América v1.2

The New Yorker... para mais tarde ficam as minhas palavras sobre a provavelmente melhor revista do mundo.
América v1.1

Keith Jarrett a tocar uma conhecida canção, de um do maiores compositores de música popular norte americana.
O compositor é: Harold Arlen. Nasceu em Hyman Arluck, Buffalo, New York, escreveu mais de 400 canções.
América v1.0

Apple Computer, Inc.

Do melhor que a América produz.

América


“ Nem sequer vos vou falar de como é frustrante tentar registar como residente nos Estados Unidos um cônjuge, ou qualquer outro ente querido, nascido no estrangeiro. Não tenho aqui espaço e, de qualquer modo, seria muito aborrecido. Além do mais, não só posso falar disso sem chorar copiosamente como o leitor pensaria que eu estava a inventar.

Seguramente que faria troça se lhe contasse que um meu conhecido - um académico do mais alto gabarito - ficou estarrecido enquanto perguntavam à sua filha coisas como: “Alguma vez se entregou a algum vício ilícito com fins lucrativos que inclua mas não se limite ao jogo ilegal?” ou “Alguma vez foi membro, ou associado de alguma forma, do Partido Comunista ou de outro partido totalitário?” ou ainda a minha favorita: “Planeia praticar poligamia nos Estados Unidos?”. deixem-me dizer que a sua filha tinha cinco anos na altura.


Vêem?! Já estou a chorar!


Deve haver algo de muito errado com um país que faz este tipo de perguntas a quem quer que seja...”


Bill Bryson, in “Notas sobre um país grande”


Bill Bryson é um hilariante, mordaz e muito irónico autor inglês nascido no Estados Unidos. No seu livro sobre a sua readaptação ao “american way of live” é-nos dado a ver - através dos sentidos do autor - uma série de acontecimento pequenos que, nos poderão dar uma ideia muito particular de uma país cheio de particularidades e paradoxos que poderão levar quase à histeria um bom “Europeu”.


O livro e o autor levam-me, a divulgar bons exemplos de uma nação que de tão grande em termos de população e intelectualidade, tem aspectos que nos fazem algumas vezes pensar se podemos ou não ceder às opiniões dos nossos “Anti-Americanos Primários de Serviço” nesta pequena terra há beira mar plantada...


Sendo assim aqui estão dois link’s para dois centros de documentação audio e vídeo, quase livres de encargos, sobre os mais diversos temas - literatura, política, jornalismo, engenharia, ciência, etc... - e que estão ao alcance de um “click” de qualquer mente que, queira abrir os seu horizontes...




Por último, sendo nós a nação com as fronteiras consolidadas há mais tempo no mundo e por isso possuidores de uma base de conhecimento sem igual, porque raio as nossas universidades publicas e privadas não seguem este bons exemplos para transmissão de conhecimento, divulgação da língua e alguns divertimento à mistura?


Bem hajam.